quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Autonomia possível com o uso da Web 2.0

É possível propor e realizar a “autonomia” na construção do conhecimento nas instituições de ensino? Como escapar ou redefinir os mecanismos de controle (tempo, conteúdos, avaliação, etc.)?


Fazendo uma análise crítica e confrontando as idéias dos autores dos textos Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias (José Manoel Moran) e O Nobre Amador (Andrew Keen), nos quais os autores, respectivamente, se posicionam favorável e desfavorável ao uso das ferramentas da web 2.0, mostrando as vantagens e desvantagens no processo educacional, acreditamos que é possível propor a autonomia na construção do conhecimento nas instituições de ensino.
Já realizá-la, será um processo muito lento ou talvez impossível, pois ensinar com novas mídias sempre causa revolução e não podemos mudar de vez os paradigmas convencionais do ensino, devido a grande desigualdade econômica, de maturidade e de motivação das pessoas, além do que nem todas estão prontas para mudanças.
A autonomia do professor e do aluno não é plena, uma vez que o professor depende das normas impostas pelas instituições de ensino, do currículo escolar a ser cumprido e dos exames de avaliação do sistema nacional de educação (Prova Brasil, ENEM, ENAD etc.) que certifica a qualidade dos cursos. Já o aluno depende do professor no que tange à orientação e à avaliação.
Poderemos escapar ou redefinir os mecanismos de controle, flexibilizando os conteúdos de ensino, tentando ser autômonos no que se refere às informações que nos chegam, sejam elas de profissionais ou de amadores, buscando em nós mesmos a capacidade de analisá-las, confrontá-las e sempre submetendo-as à crítica.
Além disso, podemos ter relativo controle sobre o tempo de estudo, utilizando as tecnologias de forma mais participativa, com projetos colaborativos e equilibrando as possibilidades de ensino e de aprendizagem presencial e virtual. O professor passa a ser o mediador desse processo, guiando os alunos e orientando-os em suas pesquisas em sites e livros de modo a favorecer a seleção e o processamento cognitivo da informação e contribuindo com o nosso crescimento, seja ele, pessoal, profissional, intelectual ou social.

Referências:

MORAN, José Manuel. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias. Informação na Educação: Teoria e prática. Porto Alegre, v. 3, n. 1, set. 2000, p. 133-144.

KEEN,Andrew. O nobre amador. In: ______. O culto do amador:como blogs,myspace,youtube e a pirataria digital estão destruindo nossa economia,cultura e valores. Rio de Janeiro: Zahar,2009. p.37-63.

Grupo:
Alenilda Araújo de Souza
Danuza Carla Alves Leite
Kássya dos Santos da Silva
Maria do Rozário Fonseca Azevedo
Rebeca Ferraz de Souza

Um comentário:

  1. Daí que a impossibilidade citada no início do texto perde sua validade, merecendo um ponto de interrogação entre parenteses (?).

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