sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A Pedagogia do Bem

O autor discute o papel do curso de pedagogia para o processo de aprendizagem, entendendo que o professor não deve ser apenas instrucionista e destaca que a pedagogia, vive uma contradição, porque não apresenta um local de aprendizagem consistente, muito menos para o uso de tecnologias minimamente adequadas. Diante disto, o autor apresenta dois desafios para o futuro da pedagogia: 1. Ser Pedagogicamente correta;2.Ser tecnologicamente correta.Para ser pedagogicamente correta, a pedagogia precisa adquirir status de curso mais importante da universidade, precisa nela se definir o que é aprender, para que os demais sigam. Deve negar a pedagogia tradicional e redigir um novo modelo de aprendizagem e para tanto, o autor sugere que aprender implica a utilização de dinâmica entrelaçadas, e resgata Sócrates– pai da pedagogia, o qual na antiguidade já defendia a pedagogia emancipatória e libertária.
A crítica feita pelo autor é de certo modo radical, pois aponta a pedagogia com um dos cursos mais fracos das universidades, acrescentando inclusive que a não utilização de novas tecnologias dá-se em conseqüência do medo da ameaça de substituição do professor pelas tecnologias.
Aprendizagem tecnologicamente correta é aquela onde aprimora a oportunidade de aprender bem. Na situação atual a pedagogia está marcada pela ausência ou a resistência tecnologica. Em alguns cursos existem iniciativas numa visão instrucionista de aprimorar a didática tradicional. Literalmente o ser humano é uma tecnologia em evolução na natureza, mantendo-se aberto a novas tecnologicas e inovações, somos, pois, para a natureza tanto meio como fim. As novas tecnologias fazem parte da aprendizagem do professor e aluno, mas no largo desafio as novas tecnologias precisam alojar-se na dinâmica da aprendizagem. Pois se a criança se “alfabetiza” com o computador, as tecnologias fazem parte do modo de aprender. A pedagogia tem sua chance de se apresentar com principal portal da inclusão digital. Não se pode definir aprender bem se referência à pedagogia, ela não só precisa das novas tecnologias. Como também lhes oferece oportunidade de avançar na inclusão digital. Em vez de confronto, não se escapa de ter de cooperar. Ocorre que os peritos de novas tecnologias não sabem pedagogia e vice-versa. Pedagogia tecnologicamente correta coopera na definição da “aprendizagem virtual” tendo como objetivo construir modos virtuais de aprender. As novas tecnologias avançam sensivelmente oferecendo plataformas virtuais. Ainda hoje é forte tentação de ver nas tecnologias recursos que facilitam a vida, mas que não se aprofunda na aprendizagem. No plano da aprendizagem professor e aluno ambos exerce o mesmo papel de aprendiz. O jovem por sua vez usam e dominam. A aprendizagem virtual tem encontrado resistência pelos docentes com autodefesa e acanhamento mas igualmente com risco de ônus no trabalho. Assim mesmo o professor é essencial. Uma das suas funções nobres é manter sobre a tecnologia o olhar arguto crítico e autocrítico, não de resistência, mas de quem sabe pensar. Cabe a ele retirar o cenário o tom de confronto com as tecnologias.


Evandro Fernandes Moreira
Vicente Bernardo da Silva
Luis Adripaulo Mendes Barros
Jozenaldo Gama Barreto

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