terça-feira, 5 de abril de 2016

Reflexões sobre os projetos de informática educativa das escolas

Tays de Sousa Santos
Graduanda do curso de Pedagogia -UFPB

Fernando José de Almeida, em seu texto "Tecnologia e Escola: Nossas Aliadas",discute os projetos de informatização e ressalta a importância do diagnóstico da realidade escolar porque essa instituição não existe de modo isolado socialmente. Ela possui um histórico, com características próprias, que lhe foram incorporadas pelos coordenadores pedagógicos, professores e alunos que deixaram suas concepções e contribuições.  Há também que se considerar a relação da escola com a comunidade local, as formas de aprender e de ensinar e as metodologias empregadas que norteiam a prática educativa da instituição. Logo, são diversos os fatores que devem influir na reflexão sobre a utilização de tecnologias no âmbito pedagógico. Sendo de fundamental importância, traçar os caminhos possíveis para um melhor aproveitamento das tecnologias da informação e da comunicação. Ou seja, não é o bastante apenas utilizar essas tecnologias na escola. Mas, também, é essencial possuir fundamentação teórica, objetivos, resultados e significados bem definidos para o projeto de informática educativa. Pois, segundo o autor, a escola não deve aceitar de maneira acrítica as tecnologias de informação e comunicação. Ao invés disso, a escola tem o papel de ressignificar a compreensão que os sujeitos possuem sobre as tecnologias e suas aplicações educacionais e sociais. Dessa forma, não devemos aderir às tecnologias como se elas fossem a finalidade do processo educativo ou apenas por questões de marketing/consumo. Mas, sim, enxergá-las como uma auxiliares para a transformação da realidade escolar, promovendo o uso crítico das mesmas, uma vez que a presença de tecnologias na escola não é sinônimo de qualidade. Entretanto, o modo como os sujeitos da educação se apropriam pedagogicamente dela é que vai definir os benefícios possíveis.

REFERÊNCIA: VALENTE, J. A; ALMEIDA, M. E. B. (Org.). Formação de educadores a distância e integração de mídias. São Paulo: Avercamp, [ano].
Link para acesso ao texto em PDF: http://www.eadconsultoria.com.br/matapoio/biblioteca/textos_pdf/texto10.pdf

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Acesso e uso de dispositivos móveis no Brasil

Dandara Wanessa N. G. Lira; Dione O. S. Lira; Leonice O. C. Damio; Rosicleide R. Costa; Adriano A. Correia; Luziel A. Silva; Danielli Cristina L. Silva; Tatyane Nadja Martins; Afonso Barbosa; Lebiam Tamar G. Silva.

As tecnologias da informação e comunicação estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano, mas não é de hoje que essas tecnologias nos cercam. Vivemos em uma era globalizada onde a internet é o centro da comunicação. Fazendo uma análise histórica, muitos povos já utilizavam tecnologias, a exemplo dos egípcios que empregavam a tecnologia daquela época ao seu favor, como os sistemas de irrigação. Em todas as culturas, a tecnologia está presente. 
Mas, afinal o que é tecnologia? Tecnologia é a teoria geral ou o estudo sistemático sobre técnicas, processos, métodos, meios e instrumentos de um ou mais ofícios ou domínios da atividade humana, ou seja, técnica ou conjunto de técnicas de um domínio particular (HOUAISS, 2001 apud TOLEDO, S/D). É preciso compreender que não se fala em tecnologia só no 3º milênio. Muitos povos, no decorrer do processo civilizatório da humanidade, desenvolveram tecnologias que usamos até hoje e que, com o passar dos anos, esses inventos foram aprimorados e ganharam novas funcionalidades, adequando-se à realidade do momento. Este foi o caso dos dispositivos móveis, que hoje são uma verdadeira epidemia. Os famosos telefones inteligentes põe o mundo na palma da mão. 
Quem são as pessoas que usam a tecnologia digital móvel? Para que a usam? 
Vamos conhecer o cenário tecnológico do nosso país. O Brasil está no ranking global dos países que mais acessam a internet. Segundo o Mapa da Inclusão Digital (FGV, 2012), o número de celulares é maior que o número de brasileiros. Temos a 5ª maior base de smartphones do mundo, com 89,5 milhões de celulares inteligentes (PAIVA, 2014). Porém, dois dos motivos principais contribuem para a exclusão digital, apesar desse cenário tecnológico aparentemente favorável: (1) o desinteresse e (2) a incapacidade de uso. Um outro problema é a falta de instrução ou de educação para o uso dos dispositivos móveis e das demais tecnologias digitais. 
Quem são as pessoas que usam os dispositivos móveis e seus aplicativos (apps)? Quais os benefícios que essas tecnologias trazem? No Brasil, o número de pessoas com acesso à internet cresceu de 8% para 33% em 9 anos. Em São Caetano, cidade da região metropolitana de São Paulo, registra-se o maior índice de acesso à internet em residências, com 74% de usuários. No município do Rio de Janeiro, o maior índice de acesso registrado está entre as classes A e B. Na Barra da Tijuca, 94% das pessoas estão conectadas. Podemos a partir desses dados, perceber que quem mais acessa à internet são pessoas das classes dominantes (classes A (12%) e B (50%)), com 51% dos acessos realizados por mulheres e  49% por homens, evidenciando uma diferença tênue de gênero. A faixa etária que mais acessa é a de idade entre 25 e 34 anos com 27%. A região sudeste tem o maior índice de acessos registrado (47%). Isto se confirma na economia, pois é o maior mercado de smartphones conectados à internet no Brasil (MOBILE REPORT/IBOPE/NIELSEN, 2015). 
Para que utilizam essa tecnologia? A característica principal dos dispositivos móveis é a praticidade e funcionalidade para realização de tarefas cotidianas. As pessoas os utilizam para comprar, pagar e até namorar, pois na rede se compartilha de tudo, informação, serviços e muito mais. 
As tecnologias digitais estão por toda a parte e nos rodeiam o tempo todo. Muitas pessoas não vivem mais sem elas no mundo contemporâneo. Porém, não basta estar conectado é preciso educar para navegar. No Brasil, a grande maioria da população urbana usa os dispositivos moveis independentes de sua classe social, principalmente acesso às noticias de acontecimentos locais e mundiais. Precisamos conhecer melhor os recursos dessas tecnologias para empregá-las de modo mais eficiente em nossas vidas. O mau uso pode distanciar cada vez mais as pessoas que estão próximas. O brasileiro, atualmente, sempre muito ocupado e não educado para o uso dos dispositivos móveis, estão preferindo fazer amizades e/ou interagir com as pessoas virtualmente do que fazê-los pessoalmente. A internet móvel, usada sabiamente, pode ser uma tecnologia muito útil a humanidade. Então, como promover a educação para as pessoas nessa era digital? Desenvolvendo planos de ação comunitária principalmente para as áreas carentes através de doações e/ou criando projetos de inclusão digital para professores e estudantes da rede pública de ensino, com o intuito de facilitar o acesso das pessoas carentes ao melhor uso dos dispositivos móveis e da internet, redirecionando a ênfase dessas tecnologias para sua utilidade social e não para o consumo.
Referências: 
68 MILHÕES usam a internet pelo smartphone no Brasil. IBOPE/NIELSEN, 2015. Disponível em: http://www.nielsen.com/br/pt/press-room/2015/68-milhoes-usam-a-internet-pelo-smartphone-no-Brasil.html . Acesso em: 27 ago. 2015. 

NERI, Marcelo Cortes (Coord.). Mapa da Inclusão Digital. Rio de Janeiro: FGV, CPS, 2012. Disponível em: http://www.cps.fgv.br/cps/bd/mid2012/MID_sumario.pdf. Acesso em: 27 ago. 2015. 

PAIVA, Fernando. Brasil tem a quinta maior base de smartphones do mundo. Teletime, nov. 2014. Disponível em: http://convergecom.com.br/teletime/25/11/2014/brasil-tem-a-quinta-maior-base-de-smartphones-do-mundo/?noticiario=TT;. Acesso em: 27 ago. 2015. 

TOLEDO, José Rubens Salles. Tecnologia da Informação, DocSolution, S/D. Disponível em: docsolution.net.br/noticias/not_24_02. Acesso em: 29 set. 2015.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Politicas Educacional e Formação de Professores (UEPG)

O grupo de pesquisa em Politicas Educacional e Formação de Professores, da Universidade Estadual de Ponta Grossa-PR (UEPG) foi criado em 2003 e tem como líderes as professoras Mary Ângela Teixeira Brandalise e Beatriz Gomes Nadal. É constituído por 14 participantes, entre eles, 10 pesquisadores e 04 estudantes. O grupo tem como linha de pesquisa: Desenvolvimento profissional e trabalho docente, Formação de educadores e tecnologia educacional e Organização escolar e gestão do trabalho pedagógico. Volta-se para estudos, pesquisas, cursos, debates e publicações, que abordam a política educacional e seus desdobramentos enquanto ação estratégica que condiciona a gestão da educação. Os estudos abrangem políticas educacionais, projetos pedagógicos, programas oriundos da sociedade política, incluindo as três esferas governamentais da estrutura administrativa (federal, estadual e municipal). Interessa-se especialmente pela concepção, planejamento, implementação e/ou avaliação dos processos que envolvem o projeto pedagógico da escola e sua gestão, a avaliação educacional e institucional, a formação e atuação de gestores, o trabalho docente no espaço institucional da escola e a formação inicial e continuada de professores. As pesquisas contemplam problemáticas educacionais de ordem macro (estado, sistemas, redes), de ordem meso (escolas, instituições), até a especificidade da influência das políticas educacionais e da formação de professores na sala de aula, ou seja, no espaço educacional micro. O grupo elegeu o ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino e a ANPEDSUL como os principais espaços de divulgação dos estudos e pesquisas realizados. Da mesma forma, o periódico Olhar de Professor, criado por um dos departamentos que sedia o grupo (Métodos e Técnicas de Ensino) tem sido um importante veículo de socialização dos trabalhos desenvolvidos, os quais têm sido veiculados, também, através de livros publicados. A produção, em seu conjunto, tem legitimado a participação dos pesquisadores em projetos institucionais da UEPG e do MEC no âmbito da formação continuada de professores. Em suas produções cientificas contam: 02 artigos nacionais, 26 trabalhos completos publicados em anais de eventos científicos tecnológicos e artísticos, 05 livros, 20 resumos de trabalhos publicados em anais de eventos científicos tecnológicos e artísticos. E, ainda, 06 processos de técnica sem catalogo/registro, 12 trabalhos técnicos,30 apresentações de trabalhos, 68 outros trabalhos técnicos. Acumulam 06 monografias de conclusão de curso de aperfeiçoamento/especialização, 10 trabalhos de conclusão de curso de graduação e 08 iniciações cientificas  e mais 78 demais trabalhos desenvolvidos.

Publicado por: Andrea kaline Moreira Mendonça, Deise de Jesus Dalto Santos, Elizabeth Souto de Carvalho da Silva, Valkiria de Souza Aguiar Zimbrunes.
Fonte consultada: Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq