sexta-feira, 29 de abril de 2011

Quem usa tecnologia na escola?


São comuns as afirmações de que "os alunos usam as tecnologias digitais", enquanto que "os professores não as conhecem muito bem ou não sabem o que fazer com elas na escola". Conforme podemos constatar em estudo realizado pela Unicamp, disponível para leitura em: http://news.psicologado.com/comportamento/professores-sao-inseguros-para-usar-tecnologia-diz-estudo-da-unicamp.
Embora tais afirmações tenham sustentação na realidade vivida no cotidiano escolar, a questão não se resolve facilmente a partir de uma demarcação simplicada de lugares na ação educativa: quem usa e quem não usa tecnologias na escola?
De fato, os docentes, principalmente, aqueles que não dispuseram de acesso a tais tecnologias ao longo de sua formação acadêmica ou carreira docente precisam superar o estranhamento inicial, peculiar ao novo, e imergir em práticas crítico-reflexivas que lhes permitam conferir significados para o seu fazer educativo, agora mediado também, e não "apenas", por tecnologias digitais. Entretanto, as crianças e jovens da propagada geração x (ou outra denominação que se possa dar aos chamados "nativos digitais"), que fazem uso cotidiano dessas tecnologias em suas mais variadas atividades, apresentam também certas "resistências" quanto ao uso desses dispositivos tecnológicos na educação. Falo mais especificamente do ensino superior, onde supõe-se maior grau de autonomia para aprender e produzir conhecimento por parte tanto de professores quanto de alunos.

Parece-me que ainda precisamos descobrir ou inventar "significados e práticas culturais" para o uso das tecnologias digitais na educação!

Compartilho com vocês algumas das minhas inquietações:

Como explicar o baixo índice de uso de ambientes virtuais de aprendizagem e de ferramentas da web 2.0 (blog e twitter) durante a mediação pedagógica realizada em turmas que possuem cerca de 90% de alunos com computador e acesso à internet em suas residências?

Por que ao serem convidados a participar de forma mais colaborativa da construção de seu próprio conhecimento esses alunos resistem e privilegiam as práticas de reprodução do conhecimento que criticam?

Por quais razões suas vozes não ecoam massivamente em interações presenciais e/ou virtuais entre professores-alunos, alunos-alunos, alunos-internautas?

Em que medida estamos (professores e alunos), de fato, fazendo algo "novo" em termos de ação educativa a partir do uso de tecnologias digitais?

As questões levantadas podem parecer contraditórias, sobretudo, quando propostas por uma professora que estuda e trabalha com tecnologias digitais. Afinal, o discurso posto e massivamente aceito sobre a predominância do uso das tecnologias na sociedade, por vezes, sufoca tantas questões importantes que nos ajudam a "pensar esse mesmo uso". Pois, pelo menos em Educação, mas, eu acrescentaria que em qualquer campo da atividade humana, não podemos sucumbir ao engodo consumista do uso pelo uso. Mas, precisamos nos indagar frequentemente ante cada nova possibilidade de uso sobre: quem usa? por que usa? para que usa?. Diante da proclamada sociedade da informação, do conhecimento ou da aprendizagem, convém atentar para essas e outras tantas questões que constituem o escopo da cidadania e da formação humana no contexto do Século XXI.


sábado, 23 de abril de 2011

Vídeo "Tecnologia no saber" - TV Escola

A Tv Escola disponibiliza em sua série de vídeos "Fazendo escola", um vídeo que discute o uso das tecnologias na Educação. Clique aqui para assistir.

Sinopse:

A série "Fazendo Escola" trata de assuntos referentes à gestão democrática no Ensino Médio com base em experiências bem-sucedidas em escolas brasileiras.
A discussão sobre o uso da tecnologia na educação envolve questões que vão desde a fonte de recursos até o valor pedagógico. Até onde o aluno se deslumbra com a tecnologia e a partir de quando ele passa a aprender com ela?
A tecnologia, em si, não é o foco em sala de aula, mas uma ferramenta. E este episódio mostra alguns caminhos possíveis para sua apropriação nas escolas.

As discussões propostas no vídeo coadunam com as concepções críticas de uso das tecnologias na Educação que tem fundamentado nossas práticas pedagógicas. A busca por experiências realizadas nas escolas por professores e alunos aproximam os graduandos em Pedagogia das aplicações práticas de uso das tecnologias digitais em situações de aprendizagem concretas e constituem-se como fontes importantes em sua formação acadêmica. Em especial, como fontes para a identificação de elementos importantes e norteadores para a elaboração de seus projetos pedagógicos de uso das TIC na Educação Básica.

domingo, 10 de abril de 2011

Criando objetos de aprendizagem










Você sabe o que é um objeto de aprendizagem?

Esta é a pergunta que vai guiar nossa aula prática da semana.

Os objetos de aprendizagem estão sendo amplamente utilizados por professores tanto na educação presencial quanto na educação a distância. Mais que simplesmente conhecê-los, é necessário que tenhamos condições de avaliá-los, aplicá-los em situações de aprendizagem e, sobretudo, produzi-los para os fins educativos almejados.
Bettio e Martins (online, 2011), aprensentam a definição formulada por Beck (2002,p.1) , segundo a qual denomina objeto de aprendizado "qualquer recurso digital que possa ser reutilizado para o suporte ao ensino. A principal idéia dos Objetos de Aprendizado é quebrar o conteúdo educacional em pequenos pedaços que possam ser reutilizados em diferentes ambientes de aprendizagem, em um espírito de programação orientada a objetos."

Esses objetos de aprendizagem são instruções programadas que reúnem informações sob os mais variados formatos (texto, hpertexto, imagem, vídeo, som, animações gráficas etc.) com finalidades educativas previamente definidas. Com a internet, esses recursos pedagógicos são normalmente feitos em formato de página da web e podem ser acessados e utilizados por professores e alunos simultaneamente em variados lugares do mundo.

“O RIVED é um programa da Secretaria de Educação a Distância - SEED, que tem por objetivo a produção de conteúdos pedagógicos digitais, na forma de objetos de aprendizagem”. (MEC, online, 2011). Os objetos de aprendizagem produzidos por equipes de professores de todo o Brasil podem ser acessados e usados por professores da rede pública e privada de ensino em suas aulas desde a Educação Infantil ao Ensino Superior por meio do site: http://rived.mec.gov.br/.

Além dele, outros objetos de aprendizagem podem ser acessados no Banco Internacional de Objetos Educacionais: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/.

Em nossos estudos, usaremos o software de autoria ExeLearning para criar objetos de aprendizagem que utilizem os recursos multimídia para a abordagem dos temas selecionados para nossos projetos pedagógicos. Os objetos de aprendizagem serão criados em formato HTML e disponibilizados em nossa sala de aula virtual no Moodle para uso em nossas aulas na disciplina de Educação e Tecnologias.

Acessem e explorem ao máximo outros objetos de aprendizagem para que possam compreender suas características e suas possibilidades de uso pedagógico!

Referências:

BETTIO, R. W.; MARTINS, A. Objetos de aprendizado: um novo modelo direcionado ao Ensino a Distância. Disponível em: http://www.nead.unisal.br/files/Objetos%20de%20Aprendizado.doc. Acesso em: 10 abr. 2011.


domingo, 3 de abril de 2011

Imergindo no mundo da tecnologia


Para muitos graduandos em Pedagogia, a imersão no mundo das tecnologias digitais é um grande desafio. Nós já iniciamos nossa ciberviagem desse semestre. Aprender a usar a rede para buscar fontes de pesquisa científicas em acervos digitais é uma ação imprescindível ao desenvolvimento dos estudos na universidade. Saber buscar, localizar e selecionar a informação é condição para a realização de qualquer pesquisa de cunho científico. Além disso, ter métodos de estudo e hábitos de leituras são essenciais à produção do conhecimento.
Os projetos pedagógicos que nos propomos a elaborar, inicia-se com a pesquisa científica sobre alguns temas relacionados com o uso das tecnologias digitais nos processos de ensino e aprendizagem. Para complementar as pesquisas que realizamos, segue mais uma fonte de leitura com artigos publicados sobre os temas que estamos estudando.
A Revista Tecnologias na Educação é um periódico semestral que tem como objetivo a publicação de artigos e relatos de experiências desenvolvidos por professores de ensino fundamental e médio e por pesquisadores com foco no uso das Tecnologias de Informação e Comunicação.
Para ler os artigos publicados no Número 1 da revista, acesse:

Bom estudo!
Profa. Lebiam Tamar.